ENTREVISTA – Dani Martín diz que se arrepende de fala polêmica sobre reggaeton

1 – Bom para começar, queria parabenizá-lo pelo seu álbum ser o numero um em vendas na Espanha. Como você se sente ?

Eu me sinto muito feliz com tudo que está acontecendo, me sinto muito grato pela recepção do público, e foi uma surpresa inesperada devido ao momento que estamos vivendo, poder sentir tudo o que estou sentindo, depois de quatro anos de trabalho e pesquisas para poder fazer um álbum completamente diferente do que já tinha feito até agora.Estou muito feliz e muito grato.

2 – Conte-nos um pouco mais sobre o processo de criação e gravação do álbum..

É um álbum que já estava gravado, antes da pandemia, tem mais ou menos um ano que já estava gravado, e ele ia ser lançado em março, e aqui (na Espanha) começou a quarentena e adiamos o lançamento para outubro. Mas eu acho que é um álbum que tem muitas coisas relacionadas a tudo que tem passado pela cabeça durante todos esses meses e eu acho que escuta-lo é um bom refugio para esse momento.

3 – Como é promover um trabalho nesse momento de pandemia? Você pensou em mudar seus planos?

É um momento diferente que eu nunca havia vivido, tenho feito muitas entrevistas e todas as que tenho que fazer são assim dessa maneira (virtual). Eu teria adorado viajar para os países e poder fazer a divulgação em loco, mas nāo é possivel. Então ao invéz de eu ficar pensando no que poderia ser, eu prefiro aproveitar o momento fazendo como estou e isso me mantém feliz e não me deixa frustado.

4 – Você escreveu as músicas que estão em no álbum. Elas foram inspiradas em coisas que aconteceram com você?

A maioria das músicas são histórias minhas, emoções minhas, sentimentos, autocriticas, é uma viagem pessoal por muitos lugares.

5 – Dentro do seu método composição, o que costuma vir antes a letra da música, a melodia ou harmonia? Como é o seu processo de composiçāo?

Minhas músicas nascem da emoção que eu tenha nesse determinado momento, pode aparecer uma palavra no momento e depois aparecer tudo de uma vez, tem uma música que o nome dela é ʺComo Me Gustaria Contarteˮ e é como uma espécie de carta que escrevo e coloco na música mas o resto são todas voltadas para o momento.

6 – É um álbum repleto de colaborações, onde vemos várias canções de diferentes gêneros musicais. Por que você optou pela variedade?

Bom, eu poderia ter feito musicas com meu violão sentado no sofá da minha casa, e fazer um CD como o anterior, o que também teria sido legal mas me deu vontade de provar muitas coisas que eu tinha gostado e escutado em toda a minha vida e nunca tinha me atrevido a fazer em publico antes.
Eu gosto de Hip Hop, eu gosto de Rumba, eu gosto de Cumbia, eu gosto de coisas que nunca tinha feito em um disco, então me dava vontade de fazer essa viagem musical e era o que eu queria fazer. Existe toda essa variedade musical, porque eu procurei essa mistura para fazer-lo e depois eu trabalhei com Juanes, com Camilo e bom assim foi, tudo foi acontecendo de maneira natural.

7 – Como foi trabalhar com o Camilo. Você já o conhecia?

Faz uns três anos que eu conheço o Camilo, nos compusemos a música que está no CD, gravamos, e ele ainda não tinha lançado suas músicas de trabalho, ele estava escrevendo para outras pessoas. Mas foi incrível para mim quando eu o vi cantar, esse cara é de outro mundo e a gente se tornou bons amigos. Nos temos uma relação de amizade muito legal, e para mim é um presente que Camilo esteja no meu álbum.

8 – Você também trabalhou com o Tainy, famoso e renomado produtor de reggeaton. Como foi trabalhar com ele e por que você o convidou para fazer parte do seu projeto?

Bom, porque tem coisas da cultura dele e de sua maneira de produzir que eu adoro e ele é o melhor por isso eu o chamei. Ele veio para a Espanha de férias e fez a produção de uma música chamada ˮLa Jaula” que tenho com Alejandro Sanz e que não é um reggeaton. Eu tirei o Tainy da sua zona de conforto.

9 – Em um tweet seu de anos atrás, você disse que preferia morrer a ter que cantar reggaeton.Você ainda tem essa opinião? Você se arrepende dessa declaraçāo?

Eu me arrependi muito de ter dito isso, porque foi um pensamento em voz alta, a um estilo do reggaeton que é incompleto e que não é meu estilo. Eu me arrependo, porque tem coisas do reggeton que são fantásticas que eu adoro, e que vem da raíz e eu me declarei fã de gente que faz coisas muito boas, que me encantam como Calle 13.
Eu adoro reggaeton, mas tem esse estilo mais comercial de reggeton que é o que eu não gostava muito.

10 – Você gostaria de  colaborar com algum cantor de reggaeton no futuro?

Sim eu gostaria. Se a oportunidade aparecer, com algum artista e a gente ser der bem é claro que sim. Bom eu adoraria fazer algo com Residente.

11 – Você deve estar ansioso para cantar ao vivo novamente. Quando a situação do COVID passar, você planeja entrar em turnê?

Sim temos uma turnê planejada na Espanha e no México mas não depende da gente, depende do COVID.

12 – Você está na Espanha agora, e o seu país foi muito afetado, como você está lidando com a situação da segunda onda do virus pelo país?

Bom na verdade o país não está no seu melhor momento, e estão recomendando novos confinamentos e coisas assim, e a na verdade não é muito animador, mas temos que tentar ver as coisas positivas e tentar sorrir com coisas pequenas, espero que venham tempos melhores.

13 – Para finalizar, você pode deixar uma mensagem para todos os seus fãs brasileiros?

Queridos amigos do Brasil, eu sou Dani Martin, todo o meu carinho pra vocês e espero que estejam bem de saúde, e convido vocês para que escutem meu novo álbum e mando um abraço forte para todos, que sejam muito felizes e que possam escutar minha música em todas as plataformas e grato pelo seu carinho.