Justin Quiles vai de compositor de reggaeton à carreira solo de sucesso

Courtesy of Nevarez Communications

O Reggaeton está vivendo um momento de muito sucesso nas paradas mundiais, e apesar disso ser surpresa para algumas pessoas depois de sua queda comercial no final dos anos 2000, o artista porto-riquenho Justin Quiles sempre viu essa explosão chegando.

“À todos que disseram que o reggaeton estava caindo – vocês estavam errados!” ele disse, rindo, ao site remezcla em entrevista recente. “Eu cresci ouvindo isso, e sinto que ainda tem muito por vir. Irá continuar evoluindo, e há muito mais pra acontecer.”

Quiles surgiu nas paradas em 2016, quando seu álbum de reggaeton “La Promesa” alcançou a posição nº 2 na Top Álbuns Latinos da Billboard. Mas suas previsões se dão pelo fato de que, antes mesmo de estrear com seu álbum solo, ele esteve no mercado do reggaeton por anos , trabalhando nos bastidores como compositor para algumas das grandes estrelas do gênero. Ele escreveu hits como ‘Loba’ de Yandel, ‘Pierde de Modales’ (parceria entre J Balvin e Daddy Yankee) e ‘Recuerdame’, de Maluma, entre outros.

Depois do sucesso de “La Promesa”, Quiles vem investindo em  músicas novas que aumentam seu repertório no reggaeton e experimentam com R&B, trap e outros sons urbanos. Em março, ele lançou “Pendiente de Usted”, que os fãs vinham esperando desde que Quiles a lançou como demo. Ele também lançou “Dinero Facil”, em parceria com Brytiago, Gigolo e La Exce, e as recentes “monstruo” e “No quiero amarte”, que tem uma pegada mais sedutora, mostrando a versatilidade e habilidade vocal de Quiles.

“Musica é evolução, tentar coisas novas,” disse ele. “Eu tento misturar sons— ‘Monstruo’ é meio que um R&B americano e é diferente pra mim, mas não é tão fora do que a música de ‘Justin Quiles’ é.” Ele completa dizendo que em suas novas musicas, “os ritmos são mais atuais e seguem o estilo atual também.”

Essa investida de Quiles está acontecendo ao mesmo tempo que o reggaeton  está sendo usado de diversas maneiras graças a sua popularidade. Quiles tem sido um dos principais artistas desse gênero que tem sido abraçado por artistas que falam a língua espanhola e também artistas anglo pop, e ele tem notado todas as maneiras que o reggaeton tem se misturado e multiplicado entre diferentes estilos de música. Agora, segundo Quiles, não é incomum ouvir grandes hits que possuem elementos que derivam do reggaeton.

“Ouça ‘Unforgettable’ do French Montana,” Quiles dá um exemplo. “Se você escutar as batidas, é o mesmo loop que usamos no reggaeton. Chamamos de ‘Rich Girl.’ Todos que fazem reggaeton sabem disso… Mesmo que as pessoas estejam fazendo música pop ou outro gênero, ainda tem nossas raízes.”

Em suas turnês, Quiles tem observado as portas do gênero se abrindo para o mundo. Enquanto traços do reggaeton permeiam as paradas dos Estados Unidos, Quiles explicou que públicos do mundo todo vem ajudando artistas latinos urbanos a conseguir mais ouvintes críticos e atenção . “Agora na Europa, o reggaeton está enorme. Todos nós temos viajado e feito turnês — Eu estive em Roma e Amsterdã, e muitas pessoas amam o reggaeton por lá. Eu sinto que está crescendo e se tornando mundial.”

Ele também aponta que, mesmo que o reggaeton esteja se tornando o novo pop, sempre haverão artistas que vão revisitar e explorar as batidas mais fortes e o lado mais duro do gênero.

“Sempre teremos pessoas fazendo o reggaeton de raiz. Essas raízes sempre estarão lá. Evolui, obviamente cresce, o som muda um pouco, mas continua sendo reggaeton”, ele disse. “Você ouve as batidas, dança a melodia, e sempre haverão pessoas fazendo o reggaeton das antigas. Daddy Yankee está fazendo; Don Omar sempre nos leva de volta. Sempre tem alguém fazendo o reggaeton ‘old school’.”

O conhecimento de Quiles sobre o gênero influencia no seu trabalho com novos materiais. Sempre de olho na direção que o reggaeton está tomando, Quiles também fala sobre trap, e vê o cenário atual como um momento crucial para o som urbano como um todo. Ele diz que essa nova onda não mostra sinais de que vai terminar logo.

“Sinto que agora haverão mais colaborações com os americanos por causa do trap também— o trap latino é grande e artistas de trap americanos veem isso. Temos Karol G com Quavo,” ele disse. “Está ficando cada vez maior. No

momento, temos a atenção de todos.”

 

Materia original publicada no site remezcla e traduzida pela equipe do Portal Reggaeton.

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