Maluma é capa da revista GQ México e confessa: “Poucos acreditaram em mim”
Em entrevista a revista Maluma falou sobre o seu sucesso e qual foi a chave para o consegui-lo, além de recordar a sua infância em Medellín e o que aprendeu no confinamento que, como muitos de nós, o obrigou a parar para refletir.
“Tenho lindas lembranças da minha infância, momentos felizes. Meus pais me deram tudo e eu cresci com amigos muito especiais que ainda hoje fazem parte da minha vida. Obviamente, passamos por altos e baixos, como todo mundo, cresci com uma mentalidade muito forte ”, falou o cantor.
Maluma antes de se tornar cantor, foi jogador de futebol, ele falou sobre a importância do esporte em sua vida “Passei por diferentes times na Colômbia e é por causa desse esporte que me tornei a pessoa disciplinada e dedicada que sou hoje”.
E quando a música apareceu: “Meu início na indústria também foi lindo, embora difícil e muito complicado porque, para ser honesto, poucas pessoas acreditaram em mim. Na escola, todos os meus amigos riram de mim. Eles acreditavam que as coisas não seriam assim, que eu não teria sucesso na música, mas isso me motivou a continuar crescendo e ser quem eu sou hoje. “
Maluma falou sobre a Era Digital e como ajudou sua carreira “Quando comecei, os discos ainda estavam sendo vendidos, não muitos, mas havia uma cultura de ir comprá-los. Então, cinco anos depois, aquilo morreu, acabou e a era digital realmente dominou a indústria. Posso dizer que tive um pouco disso antes e depois, quando eles pararam de vender álbuns e essa coisa de mídia social começou. Esse foi realmente um dos meus pontos fortes quando comecei minha carreira ”.
“Eu honestamente me apropriei de minhas redes. As pessoas sabem que sou eu mesmo, o que acontece no Twitter com os meus posts sou eu que decido e no Instagram também. Na verdade, foi um processo que facilitou o alcance dos adeptos, mas, ao mesmo tempo, nem tudo foi tão positivo, porque muitos artistas começaram a aparecer ao mesmo tempo. Todos queriam sair, todos queriam fazer reggaeton, todos queriam fazer música urbana, e foi aí que decidi que não queria ser considerado um músico de reggaeton, mas sim um movimento : O movimento de Maluma ”.
Sobre a solidāo e pandemia, “Tenho medo de ficar sozinho. Não gosto da solidão de jeito nenhum, por isso tenho tantos animais de estimação. Tenho cachorros, cavalos, vacas, ovelhas … Se as pessoas ao meu redor estão ocupadas e não estão comigo, um deles sempre pode me acompanhar. Ainda não penso na minha velhice e não acho que isso me assuste, mas tenho medo da velhice dos meus avós ou dos meus pais. Isso me causa um pouco de ansiedade. A pandemia foi triste e terrível para as pessoas que partiram e nos fez pensar. Pessoalmente, eu, como Juan Luis, tomei como um ano de meditação, de reflexão sobre muitas coisas, com tempo de amadurecimento. Tenho estado mais em casa, no meu meio, na Colômbia. Consegui me levantar da cama e ver a mesma casa, as mesmas coisas, as mesmas pessoas, minhas roupas. Pude sentir que pertenço à minha família. Este ano me lembrou do valor das coisas simples e que elas deveriam ser mais a cada dia. Foi importante passar esses meses apreciando o que construí e o que é o testemunho de meu esforço em um nível íntimo e pessoal. Tenho estado longe dos palcos, hotéis, restaurantes, aviões, de tudo de grande que muitas vezes não se conecta com a alma. Tem sido um ensino muito bom e gerou coisas que não podem mais mudar ”.
Ele mencionou sua admiração por Héctor Lavoe, como músico, e por Michael Jackson. Ele comenta que “pessoalmente também tenho ídolos anônimos, dos quais mais imito”. E tem a questão de si mesmo, como ídolo de tantos novos artistas e jovens. “Não pensei nisso porque sinto que ainda tenho muito a fazer, muito a cumprir profissional e pessoalmente. Preciso crescer como ser humano, formar minha família. Esse modelo inspirador me parece mais importante do que dizer às pessoas que você ganhou muito dinheiro como medida de sucesso. Extravagância vazia não é nada. O que enche os bolsos não enche necessariamente a alma. Gostaria de inspirar os mais jovens a serem boas pessoas, a agradecer, a ajudar os outros e a pensar nos outros ”.
Maluma não parou de trabalhar e há um recorde que prova: 7 dias na Jamaica. “É um projeto muito ambicioso que vem do conceito, do que é normal na música. Como disse no início, gosto de ousar fazer coisas que me preencham, porque se não ficar feliz com a minha criação, não poderei transmiti-la. Um dia acordei e disse: “Quero ir para a Jamaica com meus amigos para fazer música e sair de uma vida que está muito saturada de tantos shows, de muito caos. Queria fazer meu álbum com paz, calma e procurando que fosse uma obra de arte. Éramos sete pessoas, durante sete dias, para fazer sete canções que estavam ligadas a sete vídeos. É um projeto muito especial ”.
E também estará no cinema. “Sempre quis ser ator, foi o meu sonho paralelo à música. Desde muito jovem participei de peças infantis. Mais tarde, com o meu trabalho como músico, também recebi propostas para atuar, mas sabia que tinha que esperar por um projeto importante que estava por vir. É assim que Jennifer Lopez apareceu para esta produção com Owen Wilson. O filme se chama Marry Me, nós o rodamos em Nova York e foi uma experiência espetacular trabalhar com eles. Meu personagem se chama Bastian … E, bem, não vou dizer muito para que você possa ir vê-lo.
O que Maluma diria ao menino que foi Juan Luis Londoño? “Eu diria: meus parabéns porque você sonhou, porque você ousou; porque, no final das contas, muita gente não deu bola para você e você passou por muitos e poucos para mostrar que o amor e o talento podem fazer tudo. Aconselho também a não ser teimoso, a tomar as melhores decisões … Embora essa teimosia, em certa medida, te ajude também a conseguir aquilo que te propuseste ”. “Trabalhe a partir da alma”.